domingo, 5 de fevereiro de 2012

Homens banidos dos balcões das lojas de lingerie da Arábia Saudita

   
 
  A luta era antiga e um decreto real veio finalmente acabar com o domínio masculino atrás dos balcões das lojas de lingerie, o que criava situações desconfortáveis para várias mulheres.

Mulheres escolhem roupa interior na Arábia Saudita  Fotografia: AMER HILAB


Segundo a BBC, a pressão sobre este assunto aumentou quando os companheiros das mulheres sauditas criaram uma campanha, através do Facebook, apelando ao boicote a lojas de roupa interior feminina, e também a partir do momento em que várias jovens manifestaram o desejo de entrar neste mercado que, por tradição, lhes estava vetado.

Normalmente, as mulheres sauditas que trabalham têm cursos superiores e desenvolvem a sua atividade em medicina ou no governo.
O decreto do Rei Abdullah, que agora proíbe que sejam homens a atender nas lojas de lingerie, vai criar cerca de 40.000 empregos para mulheres sauditas, mas, ao mesmo tempo, vai aumentar o desemprego masculino, especialmente entre os imigrantes.

Este pode ser o início de uma revolução social que está a ser imposta à força sobre as forças religiosas do país.

O Sheikh Abdel Aziz al-Sheikh, a mais importante figura religiosa saudita, já avisou aos comerciantes que contratar mulheres é proibido pela lei islâmica.

Abeer Mishkhas, colunista do jornal Asharq al-Awsat acredita que esta questão pode provocar uma reação negativa na polícia religiosa e aumentar a tensão entre estes e as fações mais liberais da sociedade.

O Ministro do Trabalho garantiu que vão existir observadores nos centros comerciais para garantir que as assistentes das lojas de roupa interior não vão ser assediadas na sua primeira semana de trabalho.
Em julho, a medida agora aplicada sobre as lojas de lingerie estende-se aos estabelecimentos que vendem cosméticos.

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